No Diário Insular do dia 19 de Janeiro de 2011 foi publicado um artigo sobre a requalificação da Praça Velha. A Associação de Defesa do Ambiente Gê - Questa (GQ) vem por este meio exprimir o seu descontentamento pela impossibilidade de participação pública em tão importante projecto.
Neste projecto houve praticamente um impedimento da participação pública, não só por terem divulgado uma sessão pública de apresentação do projecto no próprio dia (18 de Janeiro de 2011), bem como todas as decisões já estavam tomadas. Eram factos consumados.
Na sessão de apresentação informaram que as obras irão ter início em Fevereiro, ou seja, num muito curto espaço de tempo. E agora podemos perguntar-nos: se as obras terão início tão brevemente quando serão adquiridos os materiais? Existem nas instalações da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo (CMAH) um quiosque e bancos com características semelhantes às descritas no jornal, serão os mesmos? Desde quando existe este projecto? Porque não o divulgaram mais cedo? A GQ é uma associação activa e disponível para dar pareceres ou opiniões em diversas áreas, neste projecto a CMAH não se mostrou interessada em qualquer opinião pública, nem mesmo na sua divulgação prévia. Porém, a GQ é uma associação também reactiva e a favor do desenvolvimento participativo, expressando assim o seu descontentamento em todo o percurso deste projecto, e muito particularmente em matéria de divulgação e opinião pública.

Há a referir também que, embora a GQ desconheça, ainda, a integridade do projecto e possíveis justificações, pelo artigo publicado no Jornal, a alteração da Praça Velha e consequentemente do centro histórico poderá ser desastroso.
Para podermos opinar avalizadamente a GQ já efectuou o pedido de consulta ao projecto à CMAH, através de ofício.
Por fim, será este projecto necessário? Poderia este orçamento ser utilizado em projectos mais necessários? Pense em três projectos que considera importantes para o concelho de Angra; algum deles englobava a requalificação da Praça Velha? Este será possivelmente o “mais vistoso”, mas será o mais necessário?
A Direcção,
Teresa Armas