Forte de São Mateus visto desde o porto. |
A sua construção ocorreu em 1581, no contexto da crise de sucessão de 1580 pela morte do jovem rei de Portugal D. Sebastião. O Forte é construído por determinação do corregedor dos Açores Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos, conforme o plano de defesa da ilha elaborado por Tommaso Benedetto. À época encontrava-se artilhado com de seis a oito peças de ferro de
diferentes calibres, e guarnecido com 8 artilheiros e 32 auxiliares.
Revestiu-se de importância na defesa da costa entre os anos de 1828 a 1832, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834).
De acordo com o tombo de 1881, encontrava-se à disposição do Ministério de Guerra, entregue à guarda de um veterano, que aí residia com a sua família.
Posteriormente foi utilizado como habitação de pessoas carenciadas, o que evitou a sua ruína por abandono. À época em que projeccionistas de cinema ambulantes percorriam as freguesias da ilha, o seu recinto foi utilizado como cinema ao ar livre. Abrigou ainda a sede da Junta de Freguesia de São Mateus.
Recentemente restaurado, integra hoje o património da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, funcionando como sede da Gê-Questa-Associação de Defesa do Ambiente.
Características
Do tipo de abaluartado, apresenta planta com formato aproximadamente triangular, com cinco canhoneiras: uma no vértice saliente e duas em cada face para o lado do mar, ocupando uma área de 738 metros quadrados, à qual se acrescia um largo com 483 metros quadrados.
Plano do Forte. |
Escadas do posto de observação. |
Encostadas ao muro da gola encontram-se quatro casas pegadas, tendo as duas das extremidades, uma entrada pelo interior do forte e cada uma delas tem uma janela voltada cara o lado do mar. As duas casas do meio apresentam-se com uma entrada pelo exterior do forte, sendo que a casa da esquerda tem duas janelas para o largo, que confronta com a estrada.
Sala da Palamenta. |
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