Caçadores submarinos da Terceira dão peixe para ajudar carenciados

DISTRIBUIÇÃO SERÁ FEITA PELA CÁRITAS

Os caçadores submarinos da Terceira vão entregar duas vezes por mês o produto das suas caçadas à Cáritas, para que esta instituição de solidariedade distribua o peixe pelas famílias mais carenciadas.
"Se o dia em que nos encontrarmos para caçar correr bem, podemos contribuir com uma quantidade significativa de proteínas, que será direcionada para pessoas que dificilmente terão acesso a ela", afirmou João Pedro Barreiros, representante da Associação Portuguesa de Pesca Submarina (APPS) nos Açores.

As estimativas dos promotores desta iniciativa indicam que podem ser apanhados entre 150 e 300 quilos de peixe por cada caçada dos cerca 20 caçadores associados.
"Nivelando por baixo, entre 15 a 20 quilos por caçador será razoável", frisou João Pedro Barreiros, acrescentando que a intenção é entregar o peixe "uma a duas vezes" por mês à Cáritas, a quem compete depois a sua distribuição pelas famílias mais necessitadas.
Esta é uma iniciativa do curso de licenciatura em Guias da Natureza, da Universidade dos Açores, que tem o apoio da associação Gê-Questa, a que se associa também a APPS.
Para a presidente da Cáritas nos Açores, esta é "uma iniciativa de saudar", frisando que se trata de uma associação sem fins lucrativos que se associa a uma instituição de solidariedade social, "procurando juntar uma atividade de desporto a uma ação caritativa".
"Normalmente, os nossos cabazes não têm este tipo de alimentos porque não podemos lá chegar", afirmou Anabela Borba, adiantando que esta "é uma forma de dar uma fonte alimentar mais rica".
Anabela Borba não contabilizou o número de pessoas que recorre à ajuda da Cáritas nos Açores, mas admitiu que "há muita gente a pedir ajuda".

in DI 09-08-2011

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