Expedição da Greenpeace “Árctico sobre pressão”

O navio da Greenpeace, Esperanza, encontra-se numa expedição de documentação nas águas do Oceano Árctico, a norte de Svalbard, Noruega.
A expedição “Árctico sob Pressão” disponibilizou recentemente imagens únicas que provam que o habitat gélido e inóspito da região polar é tudo menos desprovido de vida. Com câmeras de alta tecnologia e um pequeno submarino operado remotamente, recolheram dados que mostram que este território coberto de gelo a maior parte do ano, é dotado de uma riqueza surpreendente.


As alterações climáticas têm vindo a ameaçar cada vez mais a vida marinha que habita o Oceano Árctico. O recuar do gelo no pólo Norte tem permitido aos grandes arrastões aventurarem-se por territórios que até hoje eram inexplorados. Segundo a organização, frotas de pesca começam, cada vez mais, a explorar esta área, que anteriormente estava protegida pelo gelo.

O Navio Martha Arendsee, com bandeira da Rússia, foi avistado pela tripulação do Esperanza a praticar a pesca de arrasto nas águas do Oceano Árctico, nas coordenadas 79o24.4' N 008o24.9' E.

Para proteger as criaturas que habitam as profundezas deste oceano, a Greenpeace está a pedir uma moratória internacional para todas as actividades industriais na pesca de arrasto nestas águas, até que a comunidade científica tenha oportunidade de investigar este ecossistema e a forma como está a ser afectado pelas alterações climáticas.


Navios de pesca portugueses podem avançar para o Oceano Árctico

A maior parte do bacalhau consumido em Portugal vem do Mar de Barents, a norte da Noruega, que faz fronteira com o Oceano Árctico. Apesar do stock de bacalhau do Mar de Barents estar em bom estado, sofre dos efeitos destrutivos da pesca de arrasto de fundo, que representa cerca de 40% da pesca na região. Neste momento, nada impede a frota portuguesa de seguir o exemplo dos arrastões noruegueses e russos e começar a pescar mais a norte.

Além disso, pensa-se que o bacalhau do Mar de Barents passe uma parte da sua vida no Oceano Árctico. Com os grandes arrastões, surgem novos problemas para estes stocks: um risco de sobrepesca acrescido, o aumento de capturas acidentais de espécies não alvo, como o bacalhau polar, e a destruição inevitável dos habitats vulneráveis que albergam estas espécies.

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