
Segundo Eduardo Dias, especialista em ecologia vegetal e investigador da Universidade dos Açores, os ecossistemas que foram total ou parcialmente destruídos estão a ser manuseados de forma a monitorizar o que acontece com as técnicas introduzidas, o tempo que leva e que funções se conseguem recuperar. Só se poderá conhecer os resultados do projecto dentro de uma década.
A forma como o turismo de natureza está actualmente a utilizar os recursos naturais, torna-se uma carga para os locais que necessitam de ser preservados. Por isso, este projecto pretende, não que a zona fique despovoada de pessoas, “mas que seja utilizada com normas que não prejudiquem o ambiente e possam ser usadas para o turismo pedestre, sem destruir as turfeiras, e para a observação de aves, sem as perturbar”, elevando-se, assim, a qualidade do que é oferecido aos turistas.
Eduardo Dias recorda que os Açores “estão no topo das melhores regiões da Europa para a observação de aves”, salientando que passam anualmente pelo arquipélago “mais de três centenas de espécies de aves, muitas das quais nidificam”.
Esta intervenção aspira uma diminuição dos impactos negativos e o regresso ao local das “grandes máquinas da recriação da biodiversidade”, que são as garças, patos, galinholas, narcejas e pernaltas, que pulando de lagoa em lagoa com sementes coladas às penas, vão espalhando e mantendo a biodiversidade num funcionamentos perfeito em rede que é essencial repor, em prol da perseverança dos charcos e lagoas.
Este projecto tem, portanto, como objectivo encontrar formas compatíveis da biodiversidade e do equilíbrio ambiental com o ecoturismo sustentável.
Notícia completa em: http://www.auniao.com/noticias/ver.php?id=19446
Sem comentários:
Enviar um comentário