A actividade na Caldeira Guilherme Moniz nos próximos dois anos passará a estar condicionada, de acordo com a entrada em vigor de um conjunto de medidas preventivas, aprovadas na passada Terça-feira, por unanimidade, na Assembleia Legislativa dos Açores.
No diploma relativo às medidas aprovadas pela Assembleia Legislativa dos Açores, consta a manutenção das actuais explorações agrícolas existentes nesses terrenos, mas não permite a construção de edifícios e outras instalações, assim como, a realização de arroteias. Estas medidas preventivas vão vigorar durante o período de dois anos (entre o cume da Caldeira Guilherme Moniz e os terrenos existentes na escarpa exterior à Caldeira), podendo ser alargadas por mais um ano. Tais medidas visam manter o estado actual daquele terreno, até à entrada em vigor do plano que vai garantir a recuperação da zona para abastecimento de água ao Concelho. Como refere no diploma “Urge intervir naquele território através da recuperação dos solos e da criação de condições para que as antigas turfeiras possam recuperar, podendo assim ajudar o reabastecimento dos aquíferos existentes naquela zona”.
O plano público de salvaguarda dos recursos hídricos deve ser conhecido dentro de um ano, refere o Secretário Regional do Ambiente, Àlamo de Meneses.
No diploma, ainda é referido que a parecer governamental, o local está condicionado relativamente à instalação de novas explorações agrícolas na zona, como também, a expansão das actuais.
As alterações ao terreno, a alteração ao coberto vegetal, a mobilização do solo, a destruição do solo vivo e do coberto vegetal são também acções dependentes da autorização das secretarias regionais do Ambiente e Mar, Agricultura e Florestas, Ciência, Tecnologia e Equipamentos e Economia. São estas entidades que autorizam qualquer acção que envolva a área em questão, desde o derrube de árvores, abertura de novas vias, extracção de inertes, passagem de linhas telefónicas ou eléctricas, etc.
As medidas tomadas foram aceites pelos partidos da oposição, mas alertaram para a necessidade de se encontrar uma solução que permita a coexistência da actividade agrícola com a preservação dos recursos hídricos.
In Diário Insular, Quinta-Feira 18 de Março de 2010, Ano LXIV, Nº19712, pág.1.
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Curiosidade:
A caldeira de Guilherme Moniz, situada no interior da Ilha Terceira, é a maior do arquipélago. Esta cratera, provenitente do Vulcão Morião, tem uma abertura de 15 km de diâmetro, onde se encontra o maior reservatório de água da ilha Terceira. Esta caldeira, encontra-se coberta por vegetação endémica que promove um bonito spot paisagistico, albergando uma importante flora indígena, própria destes fenómenos naturais.
1 comentário:
Essa descrição contida na curiosidade se bem me parece não corresponde à Caldeira Guilherme Moniz, mas sim à Caldeira dos Cinco Picos, situada entre a Serra da Ribeirinha e a Serra do Cume (se não me engano na nome topográfico das unidades morfológicas da Terceira)
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