Portugal quer alargamento da plataforma Continental

Extensão para as 350 milhas traz grande potencial para a Região dos Açores

De acordo com Álamo Meneses - Secretário Regional do Ambiente e do Mar, a proposta ontem apresentada por Portugal, é muito benéfica para a Região Autónoma dos Açores.

Refere que em “causa está na prática não uma extensão da plataforma continental mas dos fundos marinhos contíguos ao arquipélago dos Açores”, que é uma área de grande potencial em termos minerais, energéticos e biológicos, sendo também uma zona rica em fontes hidrotermais. Estes recursos despertam o interesse da biotecnologia e da energia geotérmica, bem como de depósitos metálicos.

Afirma, que serão necessários trabalhos de investigação, de forma a explora-se estes recursos, e que é uma importante área de investigação para a Universidade dos Açores, em especial para o Departamento de Oceanografia e Pescas.

O Secretario Regional, refere que recentemente o especialista em Biotecnologia Industrial e Consultor do IBBA (Instituto de Biotecnologia e Biomedicina dos Açores), Garabed Antranikian, afirma que a “biotecnologia apoiada em organismos marinhos e extremófilos é única nos Açores” e que esta Região é única “para a exploração dos fundos marinhos e de fontes termais”.

Afirma ainda, que “podemos encontrar material para novos antibióticos nos fundos marinhos, bactérias que nos curem”.

No início deste ano, a União Europeia classificou as duas fontes hidrotermais "Menez Gwen", com uma área de cerca de 10 mil hectares, e a "Lucky Strike", que se estende por mais de 19 mil hectares, existentes no actual mar dos Açores como sítios de Interesse Comunitário. As duas fontes localizam-se entre 40 e 180 milhas a sudoeste da Ilha do Faial e encontram-se entre 800 e 1700 metros de profundidade.

In: Jornal Diário Insular, (http://www.diarioinsular.com//), Ano LXIV, N.º 19737, 14 de Abril de 2010, pág. 3


 
Portugal defende hoje, junto da ONU o alargamento da plataforma Continental, que se encontra a cargo  de Manuel Pinto de Abreu (coordenador da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental).
A proposta visa aumentar das actuais 200 para 350 milhas, sendo que, "a ideia é alargar a zona económica exclusiva para explorar os recursos naturais". Visto que, o subsolo marinho a acrescentar, apresenta vários metais e um vasto número de minerais e de recursos vivos com diferentes utilizações industriais e contém, ainda, extensos depósitos passíveis de conter hidrocarbonetos, como petróleo e gás natural. 
Quanto aos recursos vivos, estes poderão ser utilizados na indústria farmacêutica, como por exemplo, no tratamento de doenças cancerígenas, HIV ou herpes labial.

Com esta alteração, será beneficiada a economia do País.

Depois de apresentados os fundamentos nacionais à Comissão sobre Limites da Plataforma Continental, o processo segue para uma comissão técnica, sendo que a decisão oficial só deverá ser conhecida dentro de cinco a seis anos.

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